A DITADURA DEMOCRÁTICA
Naquela terra doce e bestial
Reinava a democracia
O povo trabalhava, é natural
E o resto, passeava e comia
Rezava-se ao Alá que é um senhor
Que ajuda o que passeava a passear
E também com carinho e com amor
Ajuda o que trabalha a não parar
Este Alá é o mesmo que o "Há cá"
Que ajuda o que não pode a não poder
Mas é da democracia, para já
Aquilo que hoje tenho para dizer
Esse maná, que aqui no Ocidente
Abunda e tem caído em doses tais
Que qualquer democrata não desmente
Que só no outro mundo existe mais
Mas seja como for, a tal gentinha
Lá ia vivendo e rindo o dia-a-dia
Tinha corrupção sempre fresquinha
Que é o motor de tal democracia
E se às vezes uma Câmara do Alá
Lhe arrasava a barraca onde vivia
Como faz a Câmara do "Há cá"
A malta protestava mas comia
Embora não chegasse o ordenado
E a fome fosse dura e atrevida
Ninguém vivia ali desanimado
Tinha a democracia garantida
Em nenhuma selva de certeza
A vida era mais doce e encantada
O que tinha mais poder e mais esperteza
É que era sempre o chefe da manada
Mas como o democrata é cem por cento
Avesso em questões de ditadura
Convocou eleições p`ro Parlamento
Não se fosse estragar tanta fartura
Porém, o povo ingrato e atrasado
Quando chegou ao dia de eleições
Não quis votar nos bons, este "Malvado"
E acabou por ir votar pelos ladrões
Só que a democracia sendo boa
Nunca seria parva com certeza
Nem reinava portanto ali à toa
E no jogo que fez, pôs-se à defesa
Então o democrata de serviço
Que por acaso era um militar
Vendo contra ele o seu feitiço
Mandou chamar a tropa e pôs-se à´dar
E foi assim que a Argélia democrata
Se conseguiu livrar dos tais fanáticos
Hoje ali se prende, rouba e mata
Mas apenas em moldes democráticos
O pai e a mãe do FUNDAMENTALISMO
É o democrata astuto e corrompido
É ele que lança os povos no abismo
Depois dos Ter roubado e Ter traído
Leonel Santos(*) (Lx. 27-07-92)
Naquela terra doce e bestial
Reinava a democracia
O povo trabalhava, é natural
E o resto, passeava e comia
Rezava-se ao Alá que é um senhor
Que ajuda o que passeava a passear
E também com carinho e com amor
Ajuda o que trabalha a não parar
Este Alá é o mesmo que o "Há cá"
Que ajuda o que não pode a não poder
Mas é da democracia, para já
Aquilo que hoje tenho para dizer
Esse maná, que aqui no Ocidente
Abunda e tem caído em doses tais
Que qualquer democrata não desmente
Que só no outro mundo existe mais
Mas seja como for, a tal gentinha
Lá ia vivendo e rindo o dia-a-dia
Tinha corrupção sempre fresquinha
Que é o motor de tal democracia
E se às vezes uma Câmara do Alá
Lhe arrasava a barraca onde vivia
Como faz a Câmara do "Há cá"
A malta protestava mas comia
Embora não chegasse o ordenado
E a fome fosse dura e atrevida
Ninguém vivia ali desanimado
Tinha a democracia garantida
Em nenhuma selva de certeza
A vida era mais doce e encantada
O que tinha mais poder e mais esperteza
É que era sempre o chefe da manada
Mas como o democrata é cem por cento
Avesso em questões de ditadura
Convocou eleições p`ro Parlamento
Não se fosse estragar tanta fartura
Porém, o povo ingrato e atrasado
Quando chegou ao dia de eleições
Não quis votar nos bons, este "Malvado"
E acabou por ir votar pelos ladrões
Só que a democracia sendo boa
Nunca seria parva com certeza
Nem reinava portanto ali à toa
E no jogo que fez, pôs-se à defesa
Então o democrata de serviço
Que por acaso era um militar
Vendo contra ele o seu feitiço
Mandou chamar a tropa e pôs-se à´dar
E foi assim que a Argélia democrata
Se conseguiu livrar dos tais fanáticos
Hoje ali se prende, rouba e mata
Mas apenas em moldes democráticos
O pai e a mãe do FUNDAMENTALISMO
É o democrata astuto e corrompido
É ele que lança os povos no abismo
Depois dos Ter roubado e Ter traído
Leonel Santos(*) (Lx. 27-07-92)